quinta-feira, 23 de julho de 2015

Quem não sabe o que eu sei é burro?



Recentemente teve uma polêmica porque um garoto , jovem, perguntava no twitter  qual a relação entre "um menino com pinto de fora na piscina com o dia do rock"? Ele fazia referência a um álbum da banda de rock Nirvana. Li várias postagens criticando o jovem garoto por não saber que aquele álbum era da banda de rock Nirvana, a qual eu não classifico como rock nem aqui nem no colo do capeta, mas enfim. 

Criticaram o garoto por não saber!Uma postagem, de uma socióloga, chamava-o claramente de ignorante.   Será que em plena era da informação todo mundo tem que saber tudo? E mais, saber o que você sabe? Será que quem não sabe o que você sabe é burro? Será que você, eu, nós, nos tornamos parâmetro de conhecimento?

Na minha época de escola todo mundo detinha o mesmo saber porque éramos doutrinados pelos mesmos livros, pelos mesmos professores que eram formados nas mesmas escolas.

Hoje em dia temos a tal de internet que possibilitou a diversificação dos saberes. Cada um sabe aquilo que lhe interessa saber.E não o que o outro determina que eu devo saber.

Observo meus colegas professores de Português tendo verdadeiros chiliques "pq agr se ecreve vc"! No alto de sua impotência não aceitam que a língua é viva e está sofrendo evoluções tal qual a espécie humana. Imaginem se a língua não fosse viva? Estaríamos balbuciando tal qual aos homens das cavernas! Imagino um homem primitivo bem bravo porque alguém juntou sílabas be-bê ao invés de um balbuciar gutural. 

Lembro-me de um amigo, importante engenheiro da General Motors, que não sabia usar o S e Z! Trocava tudo. Um mero professor de Português poderia tê-lo reprovado e hoje em dia não poderíamos contar com a tecnologia de motores flex no Brasil. Tudo porque o burro não detinha o mesmo saber da professora de Português.Parece-me que os linguistas estão correndo atrás da língua tal qual esse bebê que nem sabe nadar vai atrás da nota de udólar. 


Se o saber liberta, ele tirou as vendas de nossos olhos e nos permitiu enxergar a multiculturalidade. Seja nas letras, nos números, nas ciências que forem, é hora de pararmos de pensar que nosso saber é o norte da humanidade.Usar o conhecimento para conhecer o outro, o novo. Parar com essa  arrogância ( vulgo ,baranguice) de pensar que o mundo gira em torno dos nossos umbigos, e pior, de pensar  que o mundo é o planeta Terra.







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