quarta-feira, 27 de maio de 2015

Sintese: rochas e minerais

Então vamos lá! A seguir fiz uma síntese do capítulo com os aspectos mais importantes que foram tratados nessa unidade.

  1. As rochas são classificadas de acordo com sua origem, elas podem ser: ígneas, sedimentares ou metamórficas.
  2.  As rochas magmáticas também podem ser chamadas de magmáticas , são originadas da solidificação do magma proveniente de uma erupção vulcânica. O basalto e o granito são exemplos desse tipo de rocha.
  3.  O intemperismo nada mais é do que processos naturais que atuam sobre as rochas. ele pode ocorrer em virtude de variações na temperatura, da ação da água e do vento, ou até mesmo da ação de outros seres vivos sobre alguma rocha.
  4. O intemperismo é o responsável pela formação das rochas sedimentares. O arenito, as rochas calcárias e as argilosas são exemplos de rochas sedimentares.
  5. As rochas metamórficas originam-se de rochas magmáticas ou sedimentares que sofrem transformações ao passar por condiçõe sextremas e temperatura , pressão ou atrito. O mármore, a ardósia e a gnaisse são exemplos desse tipo de rocha
  6. Fósseis são vestígios , marcas ou impressões de seres vivos que já existiram no planeta Terra há milhões de anos e que permaneceram registrados em rochas até a atualidade. Os fósseis geralmente são encontrados nas rochas sedimentares.
  7. O petróleo ,o gás natural e o carvão mineral são combustíveis fósseis não renováveis, originados em rochas sedimentares. A importância desses combustíveis se deve ao fato de que, atualmente, ele são umas das principais fontes de energia utilizadas na sociedade.
  8. A fragmentação e rochas é um dos principais fatores de formação do solo, que é composto, basicamente, por esses fragmentos, matéria orgânica, seres vivos, minerais, água e ar.
  9. As principais características que diferenciam os tipos de solo são cor, textura, porosidade e permeabilidade.  








Intemperismo

Árvore de pedra

Árbol de Piedra ou em português Árvore de Pedra, é um  monolito natural de formação geomorfológica por erosão, causada pelo vento muito forte da região.

Essa rocha é um exemplo de rocha vulcânica.  Para se chegar até ela é necessária uma longa viagem, pois ela   está situada no  deserto Siolli à entrada da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaro, na província de Potosí, na Bolívia. 

A árvore ou a rocha    recebe diariamente dezenas de turistas de todo o mundo, que partem da Bolívia e do Chile para ver de perto a ação do intemperismo sobre as rochas.

Aí em cima, na foto, sou eu, é claro! Viajei algumas centenas de quilômetros de busão , partindo de Santa Cruz de la Sierra só para ver essa belezinha aí. É legal que vocês saibam que estou a mais de 3000 metros de altitude em relação a Belo Horizonte. Fazia frio pacas!

Mas não é só ai que temos o intemperismo que vale a pena o turismo, não. Mais à frente da arvore de pedra temos o Vale das Rocas, lá os ventos usaram da imaginação e recriaram muitas formas animais interessantes, veja aí:















É isso aí galera! Keep Calm e estuda de tarde!

terça-feira, 26 de maio de 2015

Síntese: Poríferos e Cnidários

Agora vamos recapitular o que você estudou.

Atenção: esses são os conhecimentos básicos que você deve adquirir sobre esse conteúdo no sétimo ano! Vê lá, hein? Não coma mosca que você não é sapo não!


  1.  Os vertebrados apresentam coluna vertebral e ela é responsável pela sustentação do corpo
  2. Os invertebrados não têm coluna vertebral
  3. Os poríferos, chamados popularmente de esponjas, são animais que vivem fixos em substratos como rochas, conchas, madeira, corais, areia ou lama. A maioria é marinha, podendo viver em colônia ou de forma isolada.
  4. A presença de vários poros, pelos quais a água entra no corpo dos poríferos , é uma das características que não o nome a esse animal.
  5. Os cnidários vivem exclusivamente em ambiente aquático, sendo em sua maioria, espécies de água salgada.
  6. Os corais são exemplos de cnidários que vivem em colônias , podendo alcançar vários metros de comprimento.
  7.  Os cnidários apresentam-se como pólipos, forma cilíndrica com boca voltada para cima, ou medusas apresentando um sino com boca voltada para baixo durante a locomoção
  8. Todos os cnidários possuem cnidócitos, células com estruturas urticantes, especializadas na captura de presas e na defesa.
A seguir, selecionei dois videos para que você possa aprender mais sobre esse assunto. O primeiro fala sobre os poríferos, já o segundo fala sobre os cnidários. 

Bons estudos!







Poríferos

 Poríferos 

O filo dos poríferos ou apenas esponjas, são organismos  pluricelulares primitivos cujas células não formam tecidos verdadeiros nem   órgãos. Devido a essa característica, podem ser reconhecidos também como Parazoários. Acredita-se que os poríferos tenham surgido há um bilhão de anos. 

  Por que poríferos?

O nome porífero remete a poros e esses seres apresentam o corpo repleto de poros. Já a menção a esponjas  é relativa ao fato desses organismos secretarem ao redor de seus corpos uma substância macia e flexível que lhes proporciona sustentação. 

As esponjas são seres  exclusivamente aquáticos.  A maiorias das esponjas vivem nos mares . São seres que não se movem, por isso, recebem o nome de sésseis Uma esponja simples apresenta a forma de vaso, coma base aderida ao substrato, tendo, no lado oposto a ela,um grande orifício denominado ósculo. Ah! E não confunda as esponjas do filo dos poríferos com aquela de lavar panela, hein? Aquelas são esponjas sintéticas!


 Estrutura dos poríferos  

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero.php



A parede do corpo da esponja delimita uma cavidade central, a espongiocele ou átrio que estabelece  contato com o meio exterior através do ósculo.

Oserve na imagem acima a presença dos coanócitos, note que eles  possuem um longo flagelo. Você já aprendeu que os flagelos servem para locomoção e captura de alimentos, desse modo, o batimento dos flagelos na água vão criar uma corrente, um fluxo continuo de água , conduzindo-a para dentro do átrio do animal.

Juntamente com  essa água estão misturados pedacinhos bem pequeninos de restos orgânicos e microrganismos marinhos, eles então entram e são digeridos pelos coanócitos. Após a digestão eles são distribuídos para as demais células do animal.  Já  que a digestão  ocorre no interior de células, classificamos  os poríferos como seres de digestão intracelular.


Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero.php

 E a reprodução ?

 Os poríferos podem se reproduzir através de duas formas através da reprodução sexuada e da assexuada :


Reprodução assexuada: nesse caso, pode ocorrer por brotamento . Formam-se brotos que de descolam do corpo do animal e dá origem à um novo indivíduo. Observe a figura abaixo:


Reprodução sexuada: Neste caso, quando os espermatozóides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma-se uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova esponja. Observe a imagem abaixo

 

Fonte: Só Biologia

 

 

Links Legais:

https://www.youtube.com/watch?v=IH8cOxF-RNw

https://www.youtube.com/watch?v=YJwESgeDBis 

https://www.youtube.com/watch?v=iiCtnxdnOKI

Referências:

Só Biologia. Acesso em: 26 maio 15. Disponível em:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero.php




quinta-feira, 14 de maio de 2015

Você tem medo de morcegos?

Fofuras em forma de morcego

E ai, você tem medo de morcegos? Fala sério! Vai ter medo dessa fofurinha aí em cima?

O morcego, tal qual aos humanos pertence à classe dos mamíferos. Eles são  da ordem Chiroptera e  apresentam uma particularidade muito interessante: braços e mãos em forma de  asas membranosas, essa característica permite que eles voem tornando-os os únicos mamíferos capazes de voar.

O nosso medo ou amor aos animais está relacionado ao que eles simbolizam para nós.No mundo do simbólico o morcego foi eleito como um ser da escuridão, do obscuro. O autor irlandês Bram Stroker, em 1897 , contribuiu para construção simbólica do terror aos morcegos ao escrever o romance  epistolar: Conde Drácula. "Sem dúvida trata-se do mais famoso conto de vampiros  da literatura. A obra está em domínio público e pode ser obtida gratuitamente on-line, na sua íntegra, em língua inglesa.


Ah, mas eu tenho medo do morcego porque ele transmite doenças!

A transmissão de raiva humana por morcegos não acontece com tanta frequência assim a ponto de justificar sua fobia não. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, em 2008 foram notificados  apenas 3 casos de Raiva humana, sendo 2 transmitidos por morcego e 1 por sagui. Ressalte-se que, naquele ano, foi registrado o primeiro caso de cura de Raiva humana no Brasil.

O morcego tem, de fato, grande importância na manutenção  do ciclo da raiva, sendo esse mamífero  o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre no Brasil. No entanto, ele não tem os mesmo  hábitos prazerosos do conde Drácula, que agarra a vítima e vagarosamente chupa o seu sangue. Na verdade, o morcego morde e depois lambe a ferida de sua vítima, que na maioria das vezes são cavalos e bois. Na saliva do morcego encontra-se o vírus que é transmitido para o outro animal.


Vamos conhecer as características epidemiológicas da raiva e compreender a participação do morcego no ciclo da Raiva no homem. 

Em nosso país a Raiva é endêmica , ou seja, ela é peculiar em nossa região, é do nosso mundo natural. No entanto, nos anos de 2004 e 2005, devido a ocorrência de surtos de Raiva humana nos estados do Pará e Maranhão, o morcego passou a ser o principal responsável pelos casos de Raiva humana,o com 86,48% dos casos nesses dois anos, ultrapassando os índices de transmissão canina.



No ano de 2008, foram notificados 3 casos de Raiva humana, sendo 2 por morcego e 1 por sagui. Não houve transmissão por cão ou gato. Ressalte-se que, naquele ano, foi registrado o primeiro caso de cura da Raiva humana no Brasil.

A região Nordeste responde por 54% dos casos humanos registrados de1980 a 2008; seguida da região Norte, com 19% . Desde 1987, não há registro de casos de Raiva humana nos estados do Sul, sendo o último caso no Paraná, cuja fonte de infecção foi um morcego hematófago. No período de 1980 a 2008, cães e gatos foram responsáveis por transmitir 79% dos casos humanos de Raiva; os morcegos, por 11%. 

Podemos concluir aqui que tanto cães, quanto gatos ( esses dois  até mais )  também transmitem raiva, mas nós temos medo mesmo é do morcego!

 Se você ainda continua com medo vou te contar mais uma coisinha 

O morcego é tão fofo que a natureza decidiu que ele nem teria tantos predadores. Quando são pequenos , as corujas e os falcões se forem espertos podem garantir um morceguito pro jantar.Já em áreas urbanas o gato doméstico pode ser seu predador, quando raramente ele vai ao chão. Há também algumas cobras que são predadoras de morcegos.

Agora, me explica, se você não vai comer o morcego porque é que você deveria matá-lo?  Essa cadeia alimentar não te pertence, animal humano!

 Let it be!

Olha só, das mais de 1000 espécies de morcegos descritas, apenas 03 são hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue.  E as outras? Alimentam-se de que? Ora bolas, elas são frugívoras ( veganas) se alimentam de frutas e são importantes dispersores de sementes, garantindo a biodiversiade que você tanto exalta!




Fonte: acervo pessoal 


Referências:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento deVigilância Epidemiológica.Doenças  infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde,Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. –8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.444 p. : Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)

 

 

 

 

 

 

 

 

 



domingo, 10 de maio de 2015

Protistas

Imagem de uma ameba em microscópio eletrônico.Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/Protista.php

O sub-reino Protozoa  é constituído por cerca de 60.000 espécies conhecidas, das quais, 50 % são fósseis e o restante vive ainda hoje.  Dos que ainda vivem cerca de 10.000 espécies são parasitos que se hospedam nos mais diversos animais  e apenas algumas poucas dezenas de espécies infectam o homem. Vamos conhecer agora os representantes do reino protista que procavam doenças aos homens, mas que fique bem claro que apenas uma pequena parcela dos protistas nos causam algum prejuízo. 

Os protistas são ainda classificados em sete filos, a saber: Sarcomastigohora, Apicomplexa, Ciliophora, Micrspora, Labyrintomorpha, Acetospora e Myxospora. Destes, apenas os quatro primeiros  tem importância para nosso estudo, já que parasitam o homem.

Todos os protozoários são eucariontes e unicelulares . Pense em um ser que tem uma célula apenas e essa única célula é responsável pela respiração, nutrição, reprodução, excreção, locomoção e alimentação. Pense em quantas células seu corpo tem para fazer tudo isso que única células é capaz de fazer. 

1.Organelas

Vamos então conhecer individualmente as partes da célula de um protista:

Núcelo : bem definido e com envelope nuclear. Alguns protozoários tem apenas um núcleo, outros tem dois ou mais núcleos semelhantes . Os ciliados possuem um micronúcleo e um macronúcleo.

Aparelho de golgi: síntese de carboidratos e condensação de se secreção protética   


Retículo endoplasmático: liso ( síntese de esteróides)  e granuloso( síntese de proteínas)  


Mitocôndria: transformação de energia  


Cinetoplasto: uma mitocôndria rica em DNA 


Lisossoma: digestao intracelular de partículas


Microtúbulos : fomam o citoesqueleto, participam dos movimentos celulares ( contração e distensão) , composição de flagelos e cílios 


Flagelos, cílios, e pseudopodos: locomoção e nutrição


Corpo basal:  base de inserção dos cílios e flagelos 


Axonema:eixo do flagelo


Citóstoma: permite a ingestão de partículas 



2. Morfologia dos protozoários 

 A forma dos protozoários dependem de onde vivem e da fase de vida em que se econtram assim, podem ser esféricos, ovais ou até alongados. Podem ou não apresentar cílios e flagelos.

Trofozoíto: é a forma mais ativa do protozoário 


Cisto  e oocisto : são formas de resistência . O protozoário secreta uma parede resistente ( parede cística) que  o protege quando estiver em ambiente incompatível com sua sobrevivência, ou , quando estiver em fase de latência. Cistos geralmente são encontrados em tecidos ou fezes dos hospedeiros; já os oocistos são encontrados nas fezes dos hospedeiros. Os oocistos são produtos de reprodução sexuada.Você é capaz de deduzir porque nas fezes encontramos  oocistos ?



Gameta:é a forma sexuada encontrada no filo Apicomplexa . O gameta masculino é o microgameta e o feminino o macrogameta.


Cisto do Balantidium coli



3. Tipos de reprodução :

 3.1 Assexuada

3.1.1  Divisão binária ou cissiparidade

3.1.2 Brotamento ou gemulação

3. 1.3 Endogenia: formação de duas ou mais células filhas por brotamento interno 

3.1.4 Ezquizogonia : divisão nuclear seguida de divisão do citoplasma, constituindo vários indivíduos isolados simultaneamente. Existem ainda três formas de ezquizogonia : merogonia, gametogonia, esporogonia. 

3.2. Sexuada  

3.2.1  Conjugação : no filo Ciliophora ocorre união temporária de dois indivíduos, com troca mútuas de materiais celulares.

3.2.2 Singamia ou fecundação: no filo Apicomplexa ocorre união de microgameta e macrogameta formando o zigoto, o qual pode dividir-se formando certo número de esporozoítos.  

4.Nutrição 

4.1 Holofítico ou autotrófico: apresentam cromatóforos e fazem fotossíntese a partir da absorção de luz solar

4.2 Holozoíco ou heterotrófico:  ingerem partículas orgânica de origem animal por fagocitose ou pinocitose

4.3 Saprozóico : absorvem substâncias orgânicas  vegetais já descompostas e diluídas em meio líquido

4.4 Mixotrófico: quando são capazes de se alimentar por mais de um meio descrito acima

 5. Excreção 

5.1 difusão de metabólitos através de membrana

5.2 expulsão de metabólitos através de vacúolos contráteis 

6. Respiração

6.1 Aeróbia: protozoários que vivem em meio rico em oxigênio

6.2 Anaeróbia:  quando vivem em ambientes pobres em oxigênio, como os parasitos do trato digestivo

7. Locomoção

A movimentação dos protozoários é feita com auxílio de uma ou associação de duas ou mais das seguintes organelas: pseudópodos, flagelos, cílios, microtúbulos subpeliculares que permitem locomoção por flexão, deslizamento ou ondulação.

Observe a estrutura ciliar

As principais doença humanas provocadas por protozoários que serão estudadas em seus pormenores futuramente: 

Amebíase
Doença de Chagas
Giardíase
Leishmaniose
Malária
Toxoplasmose
Tricomoníase


Veja mais!











 











Vulcões









Licancabur é um vulcão localizado entre o Chile e a Bolívia, nas proximidades de San Pedro do Atacama, no Chile, e a sudoeste da Laguna Verde, na Bolívia. Estou do lado Boliviano :) 

O que é um vulcão ?


Vulcão é uma estrutura geológica que ocorre em terra ou no mar, é  caracterizado pelo  extravasamento de  magma. O magma é  uma massa de rocha fundida de alta temperatura, constituída em grande parte de silicatos,  misturados com vapor de água e gás. Essa estrutura comunica-se com uma câmara subterrânea profunda, onde o magma fica armazenado, a câmara magmática. Além do magma, saem pelo vulcão outros materiais, como gases e partículas quentes (como cinzas).
 A palavra vulcão  é deriva de Vulcano, deus do fogo na  mitologia romana  (Hefaístos para os gregos). A ciência que estuda os vulcões é a Vulcanologia, criada na década de 1980.



Hefesto na Forja por Guillaume Coustou, o Jovem (Louvre)

Origem

Tipicamente um vulcão  tem formato cônico e montanhoso, mas de proporções variáveis. Essa estrutura é característica do vulcanismo de erupção central, mas há também, o vulcanismo de fissura, em que o magma, em geral de composição basáltica, sai não através de um conduto cilíndrico, mas através de grandes fendas na crosta terrestre.

 Apesar de terem formas semelhantes , vulcão e montanha são diferentes na estrutura e no modo de formação. A montanha forma-se pela deformação da crosta terrestre, devida a esforços de compressão que atuam ao longo de milhares de anos.O vulcão pode surgir rapidamente (o Paricutín formou-se em um ano) e tem uma estrutura, composta por chaminé, cratera e cone vulcânico Este último forma-se não por deformação da crosta, mas por acúmulo do material ejetado do interior da Terra durante as sucessivas erupções.
    

 Nos últimos 2 milhões de anos, formaram-se de pelo menos 10.000 vulcões, dos quais quinhentos apresentaram atividade constante durante muito tempo. Hoje, cerca de vinte vulcões mostram-se intensamente ativos.

A origem e distribuição dos vulcões está relacionada com a distribuição das placas tectônicas, massas rochosas rígidas que formam a crosta terrestre e que deslizam sobre o manto, material subjacente de consistência plástica.

 Onde há choque de duas placas constituídas inteiramente de crosta oceânica, ou seja, de basalto, uma delas, não se sabe qual, mergulhará sob a outra e sofrerá fusão. Nessa região, chamada de zona de subducção, surge um conjunto de pequenas ilhas vulcânicas distribuídas em forma de arco.  De todos os vulcões visíveis, 95% estão em zonas de subducção.

Se uma placa oceânica choca-se com uma continental, a placa oceânica mergulha sob a outra, por ser mais pesada, formando também zona de subducção. A imensa placa do Pacífico desloca-se para o norte, cerca de 1 cm por ano, e choca-se contra a placa norte-americana, mergulhando sob ela. Por isso, localizam-se na costa daquele oceano cerca de 60% dos vulcões ativos do planeta, o que deu à região o nome de Anel de Fogo do Pacífico. A placa de Nazca choca-se contra a América do Sul e assim formaram a cordilheira dos Andes, com seus vulcões e terremotos. Esse tipo de vulcanismo é o mais estudado, e o magma pode ter composição bem mais variada do que aquele formado onde duas placas se afastam.

Se o choque for de duas placas continentais, pode não haver subducção (mergulho de uma sob a outra), e surgir uma cadeia de montanhas, pela deformação das rochas. Nessas áreas, o vulcanismo pode estar ausente, embora os terremotos, por serem de pequena profundidade, sejam perigosos. Um exemplo e a Cordilheira do Himalaia, formado pelo choque da Índia com a Ásia.  A placa africana está se chocando contra a placa eurasiana, provocando terremotos na Turquia e no Irã, por exemplo. Mas, na região onde estão o Etna e o Vesúvio, há uma pequena subducção, por isso existem esses dois vulcões.

Na califórnia, nos Estados Unidos, podemos observar na  Falha de Santo André (San Andreas Fault). Essa falha nada mais é do que  o encontro de duas placas continentais que não se chocam de frente e sim deslizam uma rente à outra. Ali os terremotos são frequentes e podem ser perigosos, mas não há vulcanismo.


Vista aérea da falha de Santo André na planície de Carrizo, na Califórnia, EUA.

E como surge o vulcanismo submarino ?


O vulcanismo submarino ocorre quando  duas placas estão se afastando. O vulcanismo submarino é responsável pela expansão do fundo oceânico em várias zonas do globo terrestre, sendo esse o vulcanismo mais comum de todos representando cerca de 80 % das atividades vulcânicas. E por que esse tipo de vulcanismo não é tão falado ? Por que  não é capa dos jornais e revistas da semana?
Se você respondeu que é porque ele está ocorrendo no fundo dos oceanos ( e não mora ninguém lá) você acertou!

Nos vulcões submarinos a lava  sai através de fraturas na crosta e espalha-se para os dois lados da fratura, sem grandes eventos explosivos. Essas fraturas podem ter poucos metros de largura e alguns quilômetros de comprimento. A Cadeia Mesoatlântica é uma extensa crista que existe no meio do oceano Atlântico, e que mostra focos de vulcanismo desse tipo. Ela marca a zona de separação da placa sul-americana e da placa africana. Na Islândia, essa cadeia aflora e ali é o único local onde se vê vulcanismo basáltico continental.

A Dorsal Meso-oceânica entre a América do Sul (esquerda) e África (direita)


Vulcanismo no interior das placas tectônicas 

O vulcanismo no interior das placas tectônicas não é muito comum e ocorre em 5 % do total das atividades dos vulcões conhecidos.  O vulcanismo no interior das placas acontece quando existe, no manto terrestre, um ponto quente, ou em inglês , hot spot . O ponto quente é o local onde o magma se concentra e ascende até à superfície, se encontrar uma brecha para tanto

Nessa situação, como a placa está se movendo, mas o ponto quente permanece fixo, aparecem na superfície da Terra vários vulcões ao longo de uma linha, que são cada qual mais jovem que o que lhe antecede, seguindo em um determinando rumo geográfico. Exemplo desse tipo de vulcanismo são as ilhas vulcânicas do Havaí. A figura abaixo mostra  como aquela área vulcânica forma uma faixa, com vulcões cada vez mais antigos, de Noroeste (5,1 milhões de anos)  para Sudeste (400 mil anos ou menos).

 

 A localização dos pontos quentes pode ter pouca ou nenhuma relação com as placas tectônicas, mas alguns cientistas acreditam que muitas dessas áreas marcam os antigos limites de placas





Atividades Vulcânicas no Brasil

No fim da era Mesozoica ocorreram manifestações vulcânicas de grande intensidade. No entanto, em nosso território não há nenhum vulcão ativo. Esse vulcanismo representa a maior área de vulcanismo basáltico existente no mundo , localizada no Sul do Brasil, São Paulo, Mato Grosso do sul e países como Uruguai, Paraguai e Argentina, num total de 1.200.000 km2.

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo localizou, no Pará, um dos maiores vulcões conhecidos e o mais antigo de todos. Sua idade é estimada em 1,85 bilhão de anos e é surpreendente seu estado de preservação, apesar dos efeitos da erosão. A maioria dos vulcões desse tipo ainda preservados se formou há menos de 250 milhões de anos. Os estudos mostraram que, a partir de dezenas de pequenas erupções, ocorreu ali uma erupção gigantesca, catastrófica, que culminou com a formação de uma caldeira de 22 km de diâmetro. O vulcão está localizado entre os rios Tapajós e Jamanxim e não há estrada de acesso ao local.

Fonte: http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1108&sid=129


O que um vulcão produz ?

Os produtos formados pelas atividades vulcânicas são:  a lava, os piroclastos, vulcanoplastos, nuvens ardentes, fumaralos e gêisers.

Lava: material rochoso em estado de fusão que atinge a superfície terrestre. As mais comuns são as lavas basálticas, que atingem 1.000 a 1.200º C. Deslocam-se com velocidade de alguns quilômetros por hora, mas já se registrou derrame de lava a 100 km/h.
Piroclastos: fragmentos de rocha lançados na atmosfera em erupções explosivas.
Vulcanoclastos: fragmentos de rocha formados por erosão.
Depósitos piroclásticos: materiais soltos ou misturas de cinzas vulcânicas, bombas, blocos e gases produzidos em erupções violentas de gases. Fragmentos angulosos pré-existentes ou da própria erupção depois de cimentados formam brechas vulcânicas. Os fragmentos menores, jogados no ar e depois depositados, formam os tufos vulcânicos.
Nuvens ardentes: torrentes de baixa densidade que se deslocam costa abaixo, com velocidades extremamente altas (até 200 km/h), e temperaturas também altíssimas (em geral mais de 700º C), acompanhadas de som ensurdecedor.
Fumarolas: exalações de gases e vapores através de pequenos condutos que podem continuar em atividade por décadas e até séculos após a erupção vulcânica.
Gêiseres: fontes que expelem água a altas temperaturas e com grande regularidade. A água infiltra-se a partir da superfície e retorna a ela por ação do calor proveniente do magma. O jato de água dá-se em sentido vertical e o intervalo varia desde alguns segundos até muitas semanas. A temperatura da água varia, sendo às vezes inferior a do seu ponto de ebulição, podendo, excepcionalmente, atingir 138 oC.
Os gêiseres ocorrem nas regiões de vulcanismo moderno, sendo assim considerados atividades finais do vulcanismo.  Tanto neles como nas fumarolas, sente-se cheiro de enxofre, às vezes forte.

Classificação dos vulcões

Normalmente considera-se ativo o vulcão que está em erupção ou que mostra sinais de instabilidade, com pequenos abalos ou emissões de gás significativas.  Alguns autores consideram ativo qualquer vulcão que se saiba já ter um dia entrado em erupção. Exemplo de vulcões ativos são o Etna (Itália), o Pinatubo (Filipinas) e o Monte Santa Helena (EUA).

Vulcão dormente é aquele que não se encontra atualmente em atividade, mas que poderá mostrar sinais de perturbação e entrar de novo em erupção (razão pela qual é monitorado por centros sismológicos). O vulcão Licancabur (foto abaixo), no deserto de Atacama (Chile), é um exemplo, embora  não se tenha registro de sua última erupção.

Licancabur é um vulcão localizado entre o Chile e a Bolívia, nas proximidades de San Pedro do Atacama, no Chile, e a sudoeste da Laguna Verde, na Bolívia


O vulcão Lincabur e a Laguna Verde
Vulcão extinto é aquele que os vulcanólogos consideram pouco provável que entrem em erupção de novo.

Essa classificação é discutível, porque ninguém, a rigor, pode garantir que um vulcão nunca mais entrará em erupção ou que outro, inativo há 5.000 anos, não vá entrar em atividade. A caldeira de Yellowstone, por exemplo, não entra em erupção há 640.000 anos, mas é considerada um vulcão ativo porque tem atividade sísmica, atividade geotérmica e porque o solo, na região está sendo soerguido em ritmo bastante acelerado.


A forma dos vulcões depende muito da natureza da lava que dele sai. Os vulcões do Havaí expelem lavas muito fluidas e muito quentes, que se espalham facilmente, sem grandes explosões. O cone vulcânico é muito largo, assemelhando-se a um escudo.  O Mauna Loa, por exemplo, tem 120 km de diâmetro.

Vulcões que expelem lavas viscosas formam grandes cones, normalmente com uma pequena cratera no cume e flancos íngremes.  Um exemplo é o vulcão Mayon, nas Filipinas (foto a seguir) e o monte Fuji, no Japão. Como a lava é viscosa, ela escoa com dificuldade e no final da erupção obstrui a cratera.
 Foto vulcão mayon Filipinas - Fonte: Wikipédia
Foto vulcão mayon Filipinas - Fonte: Wikipédia

Quando o magma começa a subir novamente, esse tampão dificulta sua saída, o que leva a um grande aumento da pressão por ele exercida. Chega um ponto em que a pressão supera a resistência do tampão de lava e ocorre uma explosão muito forte, muitas vezes tão forte que destrói todo o cone vulcânico.

A caldeira é uma depressão de grande diâmetro, com uma massa elevada no centro, que se forma pelo desmoronamento total ou parcial de uma cratera. Mede entre 15 e 100 km² de diâmetro.

Pode formar-se em horas ou dias e sempre pela saída violenta de gases.

Um exemplo é a região do Parque de Yellowstone, nos EUA.

 Em Poços de Caldas (MG), há restos de uma caldeira de 30 km de diâmetro, que existiu há 90 milhões de anos, bem visível em imagens de radar ou de satélite. A distinção entre cratera e caldeira nem sempre é clara.

Os vulcões podem ser classificados de acordo com sua forma e tipo de erupção. Há várias classificações, que incluem categorias como havaianos, peleanos, plinianos, vulcanianos e strombolianos.






  






Método Científico : Fazer Pesquisa



Método Científico
Ao analisarmos a evolução da história da produção de conhecimento científico observamos que dois termos vêm sendo empregados para descrever os métodos de pesquisa: indutivo e dedutivo. O método dedutivo é racionalista e o indutivo é empirista. Há ainda outros métodos de pesquisa. O método hipotético dedutivo (Karl Popper), O método dialético (Hegel), Método fenomenológico (Hurseel).

A diferenciação entre método e técnicas: método seria o conjunto das diversas etapas ou passos que devem ser seguidos para a realização da pesquisa e que, assim, configurariam, as técnicas. Os objetos de investigação determinam o tipo de método a ser empregado (racional ou experimental).

O método científico é aquele segue a realidade dos fatos. Toda investigação nasce de um problema. O conjunto de processos ou etapas que compõem a pesquisa será configurado no método científico. Quando ele é racional, ele se volta para realidades que não são passíveis de comprovação experimental e sim de uma visão mais ampla sobre o homem, a vida, o mundo e o ser. Vale ressaltar que a maioria das técnicas que compõem o método científico e o racional é comum, embora devam ser adaptadas, mas muitas técnicas acabam sendo comuns a várias Ciências. Existe, então, um método comum a todas as Ciências: observação, descrição, comparação, análise e síntese, além dos processos mentais, dedução e indução. Esses procedimentos serviriam, segundo os autores, para propor problemas, levantar hipóteses, efetuar observações, registrar dados que respondam às perguntas e elaborar explicações.

A observação é uma técnica de pesquisa. A observação deve ser atenta, completa, precisa e metódica. Há vários modos de classificar a observação. Seriam elas: assistemática (não planejada), sistemática (estruturada), não- participante (pesquisador é observador apenas), participante (pesquisador se envolve), individual (observador submete o objeto ao crivo de seus conhecimentos), observação em equipe (várias pessoas observam objeto), observação laboratorial (artificial, isola objeto de interferências externas).

Sobre a descrição: esta deve ser precisa para que o interlocutor seja capaz de visualizar exatamente o que o pesquisador observou. Na comparação, são abstraídas semelhanças e destacadas as diferenças, culminando na análise e na síntese, processos distintos, embora inseparáveis, sendo que após a análise, segue-se a síntese. A análise é o processo que parte do mais complexo para o mais simples, ou seja, uma decomposição do todo. Já a síntese seria o contrário, uma composição. A análise e síntese ainda podem ser classificadas em experimentais e racionais. As primeiras operam sobre fatos concretos nas Ciências da natureza, já as segundas operam sobre idéias e verdades mais gerais, feitas mentalmente, empregadas, portanto na Filosofia e Matemática.

Outras técnicas dizem respeito aos elementos estatísticos, que gerarão dados em valores numéricos e incidirão nos determinantes das possibilidades de análise, comparação, experimentação, o que irá interferir na qualidade do relatório final.
           
A indução e a dedução são formas de abordagem de um tema, que orientam a reflexão, obtendo conclusões verdadeiras através de premissas também verdadeiras. O argumento indutivo baseia-se na generalização de todos os casos observados e fatos similares verificados. Os argumentos indutivos acabam sendo reforçados pelos dedutivos extraídos das áreas afins. A indução formal é submetida às leis do pensamento. Já a indução científica é o raciocínio que leva à conclusão de alguns casos observados a partir da lei que os rege. A dedução é a argumentação que torna explícitas verdades contidas em verdades universais, que levarão a uma conclusão. Esta conclusão será verdadeira se as premissas também forem.

O método indutivo é criticado pelo filósofo Karl Popper (1902- 1994), o qual cunha o termo racionalismo crítico, que rejeita o empirismo clássico e o observacionalismo-indutivista. Segundo Popper  o método científico e o conhecimento em geral, progridem através de conjecturas e refutações, sendo que a tentativa de refutação conta com o apoio da lógica dedutiva, que passa a ser um instrumento de crítica.
Thomas Kuhn (1922- 1996), Lakatos e Feyerabend, entre outros, criticam tanto Popper quanto os indutivistas, alegando que sempre é possível fazer alterações nas hipóteses e teorias auxiliares quando uma previsão não se realiza.

Kuhn apresenta o conceito de paradigma como “teoria ampliada”, formada por leis, conceitos modelos, analogias, valores, regras para a avaliação de teorias e formulação de problemas, princípios metafísicos e “exemplares”
O grande objetivo de Kuhn é “explicar porque os cientistas mantêm teorias apesar das discrepâncias, e tendo aderido à ela porque eles a abandonam?”.
São estes paradigmas que orientam a pesquisa cientifica e, por apresentarem tamanha força determinam como um fenômeno é percebido pelos cientistas, o que explica por que as revoluções científicas são raras: em vez de abandonar teorias refutadas, os cientistas se ocupam com a pesquisa cientifica orientada por um paradigma e baseada em um consenso entre especialistas.

Tem-se inicio então um período chamado de “revolução cientifica”, iniciando-se uma mudança de paradigmas na ciência. Novos fenômenos são descobertos, conhecimentos antigos são abandonados e há uma mudança radical na prática cientifica e na “visão de mundo” do cientista.

Referencias
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Pedro da. Métodos e Técnicas de Pesquisa. In: Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007, Cap. 3, p. 27-41.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro A.; SILVA, Pedro da. Formas de pensamento. In: Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007, Cap. 4, p. 42-50.