quinta-feira, 27 de julho de 2017

Caatinga




Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta.




Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. 

A Caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil). Ocupando cerca de 850 mil Km2 , é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. 




O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a Caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos.

Para começarmos nossos estudos sobre a caatinga é preciso esquecer toda a imagem que relacione esse bioma a um local de pobreza de paisagem e de baixa biodiversidade.

O estudo e a conservação da diversidade biológica da Caatinga é um dos maiores desafios da ciência brasileira. Há vários motivos para isto. 

Primeiro, a Caatinga é a única grande região natural brasileira cujos limites estão inteiramente restritos ao território nacional. 

Segundo, a Caatinga é proporcionalmente a menos estudada entre as regiões naturais brasileiras, com grande parte do esforço científico estando concentrado em alguns poucos pontos em torno das principais cidades da região. 

Terceiro, a Caatinga é a região natural brasileira menos protegida, pois as unidades de conservação cobrem menos de 2% do seu território.

Quarto, a Caatinga continua passando por um extenso processo de alteração e deterioração ambiental provocado pelo uso insustentável dos seus recursos naturais, o que está levando à rápida perda de espécies únicas, à eliminação de processos ecológicos chaves e à formação de extensos núcleos de desertificação em vários setores da região.

Fonte: ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA CAATINGA: UMA INTRODUÇÃO AO DESAFIO
 Inara R. Leal, Marcelo Tabarelli & José Maria Cardoso da Silva






O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a Caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos.

Para começarmos nossos estudos sobre a caatinga é preciso esquecer toda a imagem que relacione esse bioma a um local de pobreza de paisagem e de baixa biodiversidade.

O estudo e a conservação da diversidade biológica da Caatinga é um dos maiores desafios da ciência brasileira. Há vários motivos para isto. 

Primeiro, a Caatinga é a única grande região natural brasileira cujos limites estão inteiramente restritos ao território nacional. 

Segundo, a Caatinga é proporcionalmente a menos estudada entre as regiões naturais brasileiras, com grande parte do esforço científico estando concentrado em alguns poucos pontos em torno das principais cidades da região. 

Terceiro, a Caatinga é a região natural brasileira menos protegida, pois as unidades de conservação cobrem menos de 2% do seu território.

Quarto, a Caatinga continua passando por um extenso processo de alteração e deterioração ambiental provocado pelo uso insustentável dos seus recursos naturais, o que está levando à rápida perda de espécies únicas, à eliminação de processos ecológicos chaves e à formação de extensos núcleos de desertificação em vários setores da região.

Fonte: ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA CAATINGA: UMA INTRODUÇÃO AO DESAFIO
 Inara R. Leal, Marcelo Tabarelli & José Maria Cardoso da Silva

A vegetação pode ser caracterizada como uma floresta baixa composta principalmente por árvores pequenas e arbustos. Freqüentemente, os caules retorcidos, além da presença de espinhos e microfilia, sendo decíduos na estação seca. 

Plantas suculentas da famíliaCactaceae são comuns e a camada herbácea é efêmera, só estando presente durante a estação chuvosa. Ao contrário do postulado, a caatinga apresenta uma alta taxa de diversidade e endemismo, fazendo-se necessário um melhor conhecimento de sua flora para possíveis medidas de conservação de suas áreas (Prado 2003). 

"Este é o bioma menos estudado entre as regiões fitogeográficas brasileiras e o menos protegido pelas unidades de conservação e proteção integral (Leal et al. 2003)".

A família Leguminosae é de grande relevância para a caracterização fisionômica dos diversos ambientes no domínio das caatingas. Estudos recentes enfatizam a distinção da flora de Leguminosae em diferentes tipos de sedimento (Queiroz 2006; Cardoso & Queiroz 2007), abrindo caminho para uma nova visão em termos de florística e estimulando estudos de análise de similaridade. Na caatinga, estão catalogados até o momento 77 gêneros e cerca de 300 espécies, representando aproximadamente um terço da vegetação (Queiroz 2006) e diversos representantes possuem grande potencial econômico como recurso forrageiro durante a seca, por ser o principal componente da diversidade vegetal do ambiente (Queiroz 1999). 

São típicos da região :

  • mandacaru
  • xique-xique
  • umbu
  • pau-ferro
  • juazeiro 
  • barriguda
  • coroa-de-frade 
xique-xique
Mandacaru 
Há na Caatinga há algumas espécies endêmicas e animais  ameaçados de extinção, por exemplo: onça-parda, urubu-rei, tatu-bola, arara-azul-de-lear, soldadinho-do-araripe, jacu verdadeiro, dentre outras. Alguns animais endêmicos desse bioma são:

  • Perereca-de-capacete (Corythomantis greeningi)
  • Jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris)
  • Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)
  • Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni)
  • Calango-de-cauda-verde (Ameivula venetacaudus)
  • Preguiça-de-chifres (Stenocercus squarrosus)
  • Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus)
  • Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)
  • Macaco-prego (Cebus libidinosus)
  • Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii)
  • Corrupião (Icterus jamacaii)
  • Onça-parda (Puma concolor)
  • Rapazinho dos velhos (Nystalus maculatus)
  • Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
  • Gralha-cancã (Cyanocorax cyanopogon)
  • Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus)
  • Periquito-da-caatinga (Aratinga cactorum)
  • Azulão (Cyanocompsa brissonii)
  • Cachorro-do-mato (Cerdocyon thous)
  • Águia-chilena (Geranoaetus melanoleucus)
  • Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris)
  • Carcará (Caracara plancus)
  • Veado-catingueiro (Mazama gouazoubira)
  • Asa-branca (Patagioenas picazuro)
  • Cutia (Dasyprocta Aguti)
  • Jiboia-constritora (Boa constrictor)




Hora de verificar o que você apreendeu. Vamos fazer um Quiz com perguntas elementares sobre esse bioma. 

Clica ai: Quizz sobre a Caatinga


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