Os organismos vivos são constituídos, em sua maior parte, por água.
Ela forma em torno de 60% a 90% da massa total das plantas e dos
animais. E a água está constantemente sendo ingerida e excretada
em grandes quantidades. Por exemplo, durante um dia um ser
humano adulto ingere e elimina aproximadamente de 2 a 3 litros de
água (algo em torno de 3% do seu peso corporal). Um exemplo
ainda mais dramático é o de uma planta, que evapora uma
quantidade de água por hora que é muitas vezes o seu conteúdo total
de água.
Apesar disso, a quantidade de água em um organismo vivo é uma
constante. Existe um estado estacionário num organismo vivo de
maneira que o seu conteúdo de água permanece constante a despeito
das grandes trocas de água com o meio ambiente.
Como mais da metade do conteúdo de água de um organismo está
no interior das suas células, a estabilidade do peso de um organismo
sugere que deve haver um mecanismo de regulação do conteúdo de
água nas suas células
Se duas soluções aquosas forem separadas por uma membrana que
permite apenas a passagem de moléculas de água, a água irá mover-se
para a solução que contém a maior concentração de moléculas de
soluto, através de um processo denominado osmose.
Um exemplo de osmose conhecido desde a antiguidade é o que
acontece com uma folha de alface em uma salada quando se coloca
sal sobre ela. A folha murcha (de fato, a folha irá murchar de
qualquer jeito, mas levará mais tempo se o sal não for colocado).
Uma observação cuidadosa da superfície da folha indicará a
presença de gotículas de água nela. Essa água vem, em parte, do
interior das células da folha de alface, transportada por osmose
devido ao aumento na concentração de sal no exterior. Com a saída
da água, a pressão interna das células da alface (chamada de pressão
de turgor) é reduzida e a alface murcha.
Fonte: 5910187 – Biofísica II – FFCLRP – USP –
Prof. Antônio Roque – Aula 5
Disponivel em: http://sisne.org/Disciplinas/Grad/Biofisica2FisMed/aula5.pdf.
Acesso em 27 março 2018
Assista ao vídeo a seguir: